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O cuidado com "prevenção" está dentro de nossas casas?
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O cuidado com "prevenção" está dentro de nossas casas?
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Sabe aquela sensação de que os dias estão cada vez mais curtos? Em questão de semanas viajamos do Réveillon a um novo Natal, num piscar de olhos, e nos damos conta de que o tempo passou nos encontros de aniversários, enquanto amadurecemos.
Deixamos as crianças na escola, corremos para o trabalho, estamos cuidando dos pais, avós, estamos cuidando dos negócios... e também encontramos tempo para cuidar de nós mesmos.
Os dias não estão mais curtos , apenas os preenchemos com aquilo que é importante para nós mesmos.
Será que estamos nos esquecendo involuntariamente de olhar para alguns aspectos importantes da vida? aspectos estes que nos deixam sob riscos dentro de nossas próprias casas?
Esses dados são do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência de americana responsável pelo controle de doenças.
Acidentes domésticos são aqueles que acontecem dentro de casa.
Saiba que crianças, pessoas idosas e pessoas com agravantes de saúde (Alzheimer, limitação motora, visual, entre outros) são mais propensas a se envolverem em acidentes dentro de casa.
Mesmo você que não está em faixa etária de maior risco ou que ainda assim não apresenta nenhum agravante de saúde, também está propenso a se envolver em um acidente doméstico na sua própria casa.
Milhões de pessoas sofrem algum tipo de ferimento dentro de casa. Para se ter ideia, a terceira maior causa de mortes nos Estados Unidos refere a acidentes, e 75% deles estão relacionados à lesões domésticas não intencionais.[1]
No Brasil, estima-se que as pessoas vítimas de acidentes domésticos somam 37% de todos os feridos atendidos em hospitais.[2] Espantoso!
Em todo o mundo, 1 milhão de crianças morrem por causas acidentais anualmente, o que é considerado uma epidemia global, segundo a Safe Kids Worldwide.
"90% dos acidentes domésticos envolvendo crianças poderiam ser evitados." Dra. Ana Escobar, professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP.
De um esbarrão involuntário em algum móvel da casa a uma queda enquanto se organiza a estante na sala, todos eventos de acidentes em casa, independentemente da intensidade, geram algum tipo de desconforto para a pessoa atingida, podendo levá-la ao pronto socorro imediatamente.
É possível afirmar que todos saibamos que acidentes podem acontecer.
Todos, de uma forma ou de outra, têm algum tipo de conhecimento ou noção sobre os agentes que podem ocasionar um evento de acidente doméstico dentro de casa.
Desde um forno ligado, tomadas e fios elétricos aparentes e descobertos, paredes com texturização, presença de escadas, objetos pontiagudos, mobiliário não padronizado entre outros tantos agentes, é possível afirmar que conhecemos um poucos dos riscos.
É possível também afirmar que grande parte das pessoas acredita que é suficiente apenas ter o conhecimento sobre os agentes causadores, sem a necessidade de agir concreta e imediatamente para corrigi-los, controlá-los ou inativá-los.
Saiba que isto precisa ser revisto!
Quando se sabe que o perfil das pessoas vítimas de queimaduras no ambiente doméstico, por exemplo, aponta para uma maior prevalência entre homens solteiros e jovens (entre 20 e 39 anos) [3], e que estes eventos poderiam ser diminuídos, algo deve ser feito.
Transformar informação em ação. Atuar efetiva e imediatamente sobre os agentes de acidentes domésticos, buscando controlar ou inativar o risco e assim prevenir a ocorrência do acidente doméstico.
O cuidado com prevenção está dentro de nossas casas?
As famílias estão assoberbadas com suas tarefas de trabalho e também com tarefas domésticas e nem sempre estão disponíveis todo o tempo para ficarem olhando para as crianças, para os idosos e para outros familiares com algum tipo de dependência.
Estas circunstâncias potencializam a ativação de gatilhos, que ampliam de maneira importante os riscos à ocorrência de acidentes dentro de casa.
E por que isso acontece?
Entender que acidentes domésticos são um desafio, na medida em que representam um problema multifatorial (decorrem de muitos fatores), com diferentes implicações e abordagens, e também conforme a faixa etária de uma pessoa, é um ponto de ampla reflexão.
A ausência de iluminação adequada em um ambiente, as condições do piso, o estado da mobília, o uso e a presença de resíduos escorregadios, o uso de escadas, a presença de janelas, entre muitos outros, representam alguns dos fatores que desencadeia um evento acidental.
O custo é enorme! No aspecto financeiro, social e de bem-estar para a pessoa vitimada. Podendo ser a própria vida.
As consequências ligadas aos impactos causados na saúde da pessoa vitimada, seja com internações prolongadas e aos tratamentos longos e desgastantes, são grandes.
Além do que em alguns casos há impacto com processos de reabilitação, da presença de sequelas e da perda de inúmeras horas de escola e trabalho.
Sem dúvida, um acidente traz um enorme sofrimento emocional. Preveni-los é mais barato!
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[1]
CDC (Centers for Disease Control and Prevention), “Injury Prevention & Control, Key Data and Statistics.”
[2]
Site Prevenir em Casa. Os números dos acidentes domésticos no Brasil.
[3]
PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS NO DISTRITO FEDERAL. Diagnóstico e estratégias para a atuação do Corpo de Bombeiros Militar sobre acidentes domésticos no Distrito Federal. Jorge Otávio Maia Barreto.
E se você soubesse que a cada três minutos uma pessoa é levada a óbito por causa de lesões provocadas por acidentes doméstico!? [1]
Esses dados ficam ainda mais assustadores quando você se dá conta de que no seu núcleo familiar há membros com idades em faixas etárias de maior risco (crianças, pessoas idosas) ou familiares com algum tipo de agravante de saúde.
Acidentes domésticos são importante causa de internação hospitalar e mortalidade entre crianças, adultos e pessoas idosas.