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Querer se beneficiar da sorte pode ser a via mais cara para todos: para você e sua família.
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Querer se beneficiar da sorte pode ser a via mais cara para todos: para você e sua família.
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Acidentes são imprevistos e inesperados, acontecem por acaso e como dissemos no capítulo anterior, muitos podem ser evitados.
Mudar um comportamento é algo bastante complexo, especialmente quando não se sabe se o referido comportamento é voluntário ou involuntário.
Quando sabemos o que estamos fazendo, nossas ações e movimentos são comandadas pelo cérebro, a partir de hábitos, costumes e conhecimento.
Por outro lado, quando agimos involuntariamente, age-se sem influência da vontade própria, de maneira espontânea, independentemente de conhecimento.
É possível afirmar, com algum grau de segurança, que ambos comportamentos estão presentes em nossas atitudes dentro de casa: ora agimos voluntariamente, ora involuntariamente.
Ao ligar um fogão, por exemplo, é muito provável que o cérebro comunique movimentos de segurança com relação à temperatura da panela, evitando que você a toque, e se queime.
Entretanto, quando colocamos uma criança na cena, é possível que o cérebro do adulto não comande movimentos de segurança com relação à criança (evitar que a criança permaneça na cozinha, por exemplo), além do adicionalmente deve-se considerar os comportamentos involuntários da própria criança no ambiente.
Os hábitos e costumes sociais (o estilo de vida) guiam os nossos comportamentos.
Dizer que alguém está errado porque não evitou determinado acidente doméstico é um equívoco.
O comportamento para a mudança precisa ser ativo e voluntário, assim como existem diversos outros fatores que se relacionam diretamente nesse processo, a questão financeira é um bom exemplo.
As pessoas não deixam de evitar acidentes porque necessariamente desconhecem os riscos.
Pelo contrário, muitos até conhecem os riscos, porém os aceitam, em detrimento de outros aspectos, do design, por exemplo. Isto acontece em qualquer categoria de acidente.
O aspecto do design é um deles. Veja essa escada na imagem abaixo.
Visualmente o projeto oferece nível de risco elevado para quedas, independente da faixa etária dos moradores e de eventuais visitantes.
A pessoa que opta por um projeto semelhante deve, naturalmente, ter conhecimento dos riscos aos quais estará exposta e que estará expondo os demais moradores e visitantes. Não apenas tem conhecimento, mas aceita os riscos. Não está errado, mas o risco de acidentes é bem maior. Cada um aceita o risco que deseja.
Já na imagem abaixo, nota-se que a tolerância do morador para o risco de queda é muito menor.
Não há nada de errado com o design. Chamamos a atenção para o estilo de vida com os seguintes questionamentos (as seguintes perguntas?):
As relações com a nossa casa estão levando em conta os riscos de acidentes inerentes aos ambientes e objetos nele contidos?
Estamos gerenciando bem os agentes causadores de acidentes domésticos?
Sabemos quais são esses agentes e quando estão ativados?
Estamos protegendo a nós mesmos e a nossa família dos possíveis acidentes que podem acontecer dentro de casa?
Nosso estilo de vida leva em conta o quão importante é a saúde? e por isso, o que for necessário e estiver ao alcance será feito para preveni-la?
Sabemos o nível de risco que pode ter?
Apropriar-se de um novo estilo de vida é importante. Um estilo em que se introduzam rotinas e hábitos de prevenção da saúde, pois prevenir acidentes domésticos é prevenir a saúde.
Um estilo que encoraje ações proativas a partir da condição que você tem hoje, quando está com saúde, e não apenas quando estiver doente, e sobretudo com ações proativas para aquilo que te coloca em risco e a sua família.
Você pode não estar errado se deixa de evitar algum acidente dentro de casa. Mas, quando age proativamente para preveni-los tem a grata satisfação do cuidado.
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